Parar! Escutar! Agir!

Quando um filho acusa cansaço e dá sinais que precisa da nossa presença, temos que parar, escutar e agir.
A correria do dia-a-dia não nos deixa muito tempo para eles e é horrível. Não devia ser assim!
Hoje, depois de uma birra valente do Duarte porque queria colo do pai (e só do pai), dei por mim a pensar que os pais passam o tempo a desejar tempo para si, momentos de sossego e lazer porque estão cansados e estoirados da vida de stress e pressão a que as profissões e a vida obrigam, e esquecemo-nos que os nossos filhos também passam horas a fio na escola, também têm exigências a cumprir, que eles também se sentem cansados e que andar sempre a mil à hora a reboque dos horários apertados dos pais, também lhes causa stress e impaciência.
Às vezes o João diz que está cansado e que não lhe apetece ir ao treino de rugby ou à catequese. Na maioria das vezes, vai e sei que depois de lá estar a vontade chega, mas compreendo que há momentos em que, tal como os pais, pura e simplesmente não lhe apetece. Sem motivo. Sem justificação. Não lhe apetece. Ponto.

O facto de durante a semana não termos tempo de qualidade (ou lá o isso seja!) com eles, e se ao fim-de-semana andamos a saltar de actividade em actividade e festa em festa, fica difícil conseguirmos PARAR, ESCUTAR E AGIR!
É urgente que consigamos manter um equilíbrio saudável entre as exigências do dia a dia e a relação entre pais e filhos. 
Estamos a perder tanto deles (e tanto de nós) e o tempo não volta atrás. 
Cabe - nos AGIR para não lamentar mais à frente. 
E vamos, infelizmente, lamentar tanto! 
Um beijo 
M.

Fotografia | Isabel Saldanha Fotografia

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